Comente (0)EnviariCalCompartilhar

quinta-feira, 4 de outubro de 2018 - 18h

O Papel Histórico das Mulheres na Resistência à Ditadura Militar

A LUTA HISTÓRICA DAS MULHERES NA RESISTÊNCIA À DITADURA MILITAR

As mulheres sempre estiveram presentes nos movimentos de mobilização e resistência ao longo da nossa história. No período da Ditadura Militar não foi diferente: elas desafiaram o papel tradicional atribuído às mulheres na época e estiveram na linha de frente da luta armada, do movimento estudantil, e da construção de partidos, sindicatos e organizações clandestinas. Essas militantes eram consideradas duplamente transgressoras: além de desafiarem a ordem política e social estabelecida, elas contrariavam os estereótipos do que era ser mulher, ocupando o espaço público, a política, e participando ativamente da militância, sendo inclusive presas e torturadas - como foi a ex-presidenta Dilma Rousseff.

No Brasil, vivemos uma política de esquecimento do período da ditadura, assegurada em 1979 pela Lei da Anistia, que perdoou crimes de motivação política e criou um buraco de duas décadas nas investigações de assassinatos e desaparecimentos no Brasil. Essa política de apagamento resulta em um posicionamento social de indiferença à democracia e até mesmo de apoio a regimes militares, fato que se reflete em algumas das candidaturas à presidência da República em 2018.

É no sentido de relembrar e valorizar a resistência das mulheres e a verdade histórica do que significou a ditadura militar, que a Diretoria de Mulheres do DCE convida a todas e todos para nossa formação "A LUTA HISTÓRICA DAS MULHERES: A RESISTÊNCIA À DITADURA MILITAR", com a presença de Amélia Teles e Guiomar Lopes, que foram presas pelo regime nos anos 70 e torturadas no DOI-CODI.

Amelinha Teles é militante do PCdoB e fez parte da Guerrilha do Araguaia. Foi colaboradora do Jornal Brasil Mulher na década de 1970, um dos pioneiros na luta feminista no país. Como coordenadora do Projeto Promotoras Legais Populares, integra a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos.

Guiomar Lopes militou na ANL e foi uma das mulheres que se distacou na coordenação do Grupo Tático Armado da organização. Começou a militância na Faculdade de Medicina da Santa Casa e hoje atua como médica.

Quinta-feira, dia 4 de outubro, às 18h na FFLCH-USP (sala a confirmar).

https://www.facebook.com/events/3403492067061…